terça-feira, 15 de maio de 2007

Classificação morfológica


  • Plana: as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas, permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção. A articulação rádio-cárpica é um exemplo. Deslizamento existe em todas as articulações sinoviais mas nas articulações planas ele é discreto, fazendo com que a amplitude do movimento seja bastante reduzida. Entretanto, deve-se ressaltar que pequenos deslizamentos entre vários ossos articulados permitem apreciável variedade e amplitude de movimento. É isto que ocorre, por exemplo, nas articulações entre os ossos curtos do carpo, do tarso e entre os corpos das vértebras.

  • Gínglimo:também chamado de dobradiça, sendo que os nomes referem-se muito mais ao movimento (flexão e extensão) que elas realizam do que à forma das superfícies articulares. A articulação úmero-rádio-ulnar é um bom exemplo de gínglimo e a simples observação mostra como a superfície articular do úmero, que entra em com a ulna, apresenta-se em forma de carretel. Todavia, as articulações entre as falanges também são do tipo gínglimo e nelas a forma das superfícies articulares não se assemelha a um carretel. Este é um caso concreto em que o critério morfológico não foi rigorosamente obedecido. Realizando apenas flexão e extensão, as articulações sinoviais do tipo gínglimo são mono-axiais.

  • Cilindróide: as superfícies articulares são segmentos de cilindro . Estas articulações permitem rotação e seu eixo de movimento, único, é vertical: são mono-axiais. Um exemplo é a articulação atlanto axial.
  • Condilar:cujas superfícies articulares são de forma elíptica e elipsóide seria talvez um termo mais adequado. Estas articulações permitem flexão, extensão, abdução e adução, mas não a rotação. Possuem dois eixos de movimento, sendo portanto bi-axiais. A articulação atlanto-occiptal é um exemplo.
  • Selar:na qual a superfície articular de uma peça esquelética tem a forma de sela, apresentando concavidade num sentido e convexidade em outro, e se encaixa numa segunda peça onde convexidade e concavidade apresentam-se no sentido inverso da primeira. É interessante notar que esta articulação permite flexão, extensão, abdução, adução e rotação (conseqüentemente, também circundução) mas é classificada como bi-axial.

  • Esferóide: que apresenta superfícies articulares que são segmentos de esferas e se encaixam em receptáculos ocos. O suporte de uma caneta de mesa, que pode ser movimentado em qualquer direção, é um exemplo não anatômico de uma articulação esferóide. Este tipo de articulação permite movimentos em torno de três eixos, sendo portanto, tri-axial. Assim, a articulação entre o úmero e a escápula e a entre o osso do quadril e o fêmur permitem movimentos de flexão, extensão, adução, abdução, rotação e circundução.
  • Elipsóide:segmento de elipse em uma cavidade. Ex: Rádio cárpica do cão.

È válido lembrar que selar e elipsóide ocorre somente em caninos.


ReferÊncia:

Acesso em:15 de maio de 2007.

  • Apostila de ciências morfologicas I do ano de 2007.

Nenhum comentário: